quinta-feira, 8 de maio de 2014

Feminismo e Funk

Crédito da imagem à Agência Olhares / Arte: Camila Araújo
O tema da reunião da segunda semana de maio foi “Feminismo e Funk”. As mediadoras foram Giulia Araujo e Julia Guadagnucci.
Antes de começar a reunião, as mediadoras deixaram acordado que iriam tratar apenas do Funk cantado por mulheres, porque, pelo que elas haviam pesquisado, não havia feminismo no Funk cantado por homens.
Valesca Popozuda foi o primeiro grande assunto a ser debatido. Ela é ou não feminista? Independente de o ser, já foi um grande passo Valesca se assumir como partidária do movimento. Esse gesto provavelmente deve ter levado muitas mulheres a refletirem sobre o tema e sobre suas liberdades.
As mediadoras Julia Guadagnucci e Giulia Araujo / Foto:
Marina Braga
O prisma social do Funk também foi abordado durante a discussão. Além de algumas músicas (Piranha É O Caralho Você Não Sabia O Que Eu Sofria Em Casa e Agora Virei Puta, por exemplo) tratarem de violência doméstica, outras versam sobre o cotidiano da mulher. Uma das participantes da reunião lembrou do documentário Sou Feia Mas Tô na Moda e de um música, citada no filme, que fala sobre a necessidade da mulher ir ao ginecologista.
Outro grande tema do debate foi a falta de sororidade nas letras de Funk. Foi notado como as mulheres estão sempre contra as inimigAs e não contra inimigxs. No entanto levando-se em conta que o viés feminista da liberdade sexual surgiu nas letras de Funk de forma espontânea, não se pode exigir algo tão complexo, como sororidade, das funkeiras.
Também foi lembrado que o Bonde das Maravilhas (Quadradinho de 8 e Academia) canta sobre dança, e não sobre homens e “inimigas”. Um outro ponto levantado foi que entre os presentes, ninguém conhecia a fundo o Funk e nem tinha o costume de ir nos famosos bailes.
Depois de muita conversa chegamos a um denominador comum. A relação Funk e Feminismo é tão delicada de se debater, porque tem muito de social envolvido.


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