quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A mulher negra no feminismo

No dia 5 de setembro, no Centro Acadêmico Vladmir Herzog da Faculdade Cásper Líbero, por conta da semana de provas, poucas pessoas compareceram a reunião, causando o cancelamento por falta de contingente.

Apesar do cancelamento, conseguimos refletir informalmente sobre a necessidade de se pensar sobre as bases sobre as quais se apoiam a nossa sociedade, como patriarcalismo e, mais especificamente no Brasil, como a juventude se mostra inerte as grandes questões do nosso tempo. Muitas pessoas sequer param para pensar sobre quais são os valores e princípios que movem a sua vida ou nas amarras que isso lhes implica, como, por exemplo: mulheres que acham que o feminismo já cumpriu seu papel.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

FFCL na semana de jornalismo



Ficamos felizes em poder divulgar que nós, da Frente Feminista Casperiana Lisandra, conquistamos um espaço na Semana de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, e procuramos fazer o melhor uso possível dele.

Excepcionalmente, na noite que nos coube (terça-feira, dia 1/10), o debate não poderá ser realizado no auditório, e por isso será dividido em quatro mesas que acontecerão simultaneamente nas salas 11, 12, 13 e Aloysio Biondi, todas no quinto andar da Faculdade.

Os temas das mesas visam questões que nós, como grupo, sentimos necessidade de discutir não só com mais amplitude entre xs alunxs da faculdade, mas também com pessoas de fora, inseridas no mercado de trabalho e que lidam com elas diariamente, a fim de realizar um debate multilateral e rico. Pensamos também que xs professorxs a mediar as discussões deveriam ser escolhidos com base em sua afinidade com os temas debatidos. Para completar nossas mesas, representantes da FFCL ajudarão na mediação e trarão uma perspectiva mais próxima de nós, alunxs. Essas mesas são:


1) Feminismo na mídia (Sala 11)
Convidadas:
Sílvia Amélia, ex-editora de comportamento da Gloss
Juliana de Faria, jornalista e blogueira do thinkolga.com
Mediação: Francisco Nunes
Membro FFCL: Carolina Serpejante (4º JOC)

2) Mulher Negra na Mídia (Sala 12)
Convidadas:
Charô Nunes, contribuinte do site Blogueiras Negras
Juliana Gonçalves, jornalista
Fernanda Alcântara, editora-chefe da revista Raça Brasil
Mediação: Juliana Serzedello
Membro FFCL: Graziela Massonetto (3º JOB)

3) Como o conteúdo das revistas femininas afeta as mulheres? (Sala 13)
Convidadxs:
Clara Averbuck, autora contribuinte da Carta Capital
Fernando Luna, idealizador da Tpm
Déborah de Souza, editora de comportamento da Marie Claire
Mediação: Helena Jacob
Membro FFCL: Beatriz Cano (2º JOC)

4) Como o conteúdo das revistas masculinas afeta os homens? (Sala Aloysio Biondi)
Convidados:
Ricardo Lombardi, diretor de redação da VIP
Maurício Barros, diretor de redação da Placar
Ivan Padilla, redator chefe da GQ
Mediação: Carlos Costa
Participante FFCL: Dante Felgueiras (2º JOC)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Violência contra mulher

Fotografia das irmãs Mirabal. Dia 25/11, aniversário de morte delas, é o Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher.

O Debate do dia 19 de Setembro foi agitado. Discutimos sobre violência de gênero, algo corriqueiro em nossa sociedade. Como texto base, tínhamos “Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero”, da Heleieth Saffioti e o livro de políticas nacionais de enfretamento à violência contra as mulheres, da secretaria nacional de política para mulheres, cartilha elaborada pelo governo como forma de proteger a mulher.

Participantes da reunião e a mediadora Ana Clara Muner
(Imagem: Marina Braga)
A primeira abordagem tinha como objetivo explicitar o fato de que violência de gênero não é apenas contra as mulheres, mas sim contra uma minoria, englobando gênero, etnia e classe social – as divisões (gênero, etnia, orientação sexual, classe social) vão tornando a mulher cada vez mais oprimida. Já a segunda especificou alguns dados que já foram citados em outras discussões da FFCL, como o fato de que 24% das mulheres já sofreram agressões domésticas. Este texto de fato seria muito efetivo se a prática fosse igual à teoria. Temos pouquíssimos atendimentos em relação à urgência do caso, com isso se cria uma insegurança por parte da agredida para procurar ajuda. Além disso, é possível ressaltar os problemas existentes na lei em relação à seriedade com que o assunto é tratado como, por exemplo, o fato de que não decidiram ainda se a lei Maria da Penha será julgada pela vara criminal ou civil.

Procurando referências em outros textos, conseguimos ver como o Brasil é ativo quando o assunto é a violência de gênero. Somos apontados como o primeiro país em casos de violência doméstica - a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas. Segundo o BID – Bando Internacional de Desenvolvimento - o custo total da violência domestica é de 1,6% a 2% do PIB – Produto Interno Bruto. 

domingo, 8 de setembro de 2013

Reunião mensal: resumo de Agosto

Imagem: Marina Braga

Neste encontro começamos discutindo o que foi conversado nas duas últimas reuniões, sobre as edições de "O Segundo Sexo" da Simone de Beauvoir e a partir disso passamos para outras questões.

Partindo da revista Capricho, nós conversamos bastante sobre a falta de controle de qualidade em alguns sites de revistas, principalmente do Grupo Abril e outras empresas grandes. Foi falado sobre o aparente descaso que esses grupos ainda têm com a internet e a força que ela pode ter ao tratar determinados assunto, principalmente relacionados ao sexo/sexualidade. Questionamos também a falta de sites que possam passar conteúdos desse tipo com qualidade e sem tanto comprometimento (a Letícia DIas citou canais do youtube americanos/ingleses/não lembro de sexólogas que ensinam abertamente sobre sexo e o quão legal seria ter isso no Brasil).

Lembramos também do post que o professor e jornalista Rovai fez em seu blog há algum tempo sobre o site Bolsa de Mulher, dizendo que matérias como "é possível ter prazer com sexo anal sem dor" eram machistas e sexistas. Segue o link: http://revistaforum.com.br/blogdorovai/tag/bolsa-de-mulher/

Fechamos falando sobre a participação das cantoras Preta Gil e Gabi Amarantos no programada "Medida Certa" do Fantástico e se o fato delas anteriormente terem se declarado contentes com seus corpos - a Preta Gil dona de uma grife plus size na C&A e a Gabi capa da TPM há pouco tempo com a chamada "Não uso 38 e daí" - poderia de alguma forma interferir do julgamento que o público e se algumas meninas que se espelhavam nelas podem ficar confusas com a situação. 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O Segundo Sexo: A experiência vivida - Simone de Beavouir


No dia 5 de setembro, no Centro Acadêmico Vladmir Herzog da Faculdade Cásper Líbero, discutimos um livro de grande importância para a história do feminismo. "A experiência vivida" é o segundo volume do livro “O segundo sexo”, de Simone de Beauvoiur, e analisa a condição feminina nas esferas sexual, psicológica, social e política.

Como Simone explica, foi sem perceber que as mulheres se tornaram “o segundo sexo”, foram esquecidas sob as sombras do patriarcado. Assim, construímos historicamente uma imagem invertida das mulheres. A sociedade aprendeu: O homem é forte, inteligente, pensa racionalmente. A mulher? O contrário.

A frase mais ilustre no “mundo” feminista está neste livro de Simone:  “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino.”

Lá, discutimos as responsabilidades e desejos das mulheres do pós-guerra no qual está inserido o contexto do Segundo Sexo, enquanto contrapomos com a nossa realidade. Discutimos nossa liberdade e tratamento perante o “primeiro sexo” e assim, falamos de nós mesmxs.