sábado, 20 de abril de 2013

II Encontro - 18.04.2013


No dia 18 de abril, segundo encontro da FFC, após a leitura dos textos “As origens do fenômeno são mais que remotas”, primeiro capítulo do livro “Ser ou não ser feminista” da Ana Montenegro, e “Papéis sociais atribuídos às principais categorias de sexo”, primeiro capítulo do livro “O poder do macho” da Heleieth Saffioti, pudemos abordar algumas questões que permeiam as discussões sobre o feminismo.

Para contextualizar, retomamos superficialmente alguns termos e conceitos utilizados por Friedrich Engels na obra “A origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”.

Dentre os principais apontamentos e reflexões estiveram:

  • Origem do patriarcado
  • Divisão do trabalho começou a separar os sexos: as mulheres foram educadas para o âmbito interno/doméstico/privado, enquanto o homem para o externo/público;
  • Surgimento da ideologia e imagem da mulher ligada ao trabalho doméstico;
  • Importância de reconhecer que a diferença de classes contribui para a opressão da mulher;
  • Reconhecer que a outra mulher é diferente de mim, portanto, não posso partir do pressuposto de que todas possuem o mesmo nível de conhecimento, acesso à cultura e condição de “liberdade” que eu;
  • Homem também sofre com o machismo (obrigação de ganhar bem, sustentar uma casa, não dizer ‘não’ ao sexo, gerar filhos);
  • Cuidado e educação dos filhos é da mãe ou da sociedade;
  • “Ser mulher” e “ser homem” são atribuições sociais;
  • “Papel natural da mulher” -> condicionamento social;
  • Naturalização dos processos socioculturais legitima a “superioridade” masculina;
  • Inteligência feminina -> estímulo de potencialidade (restrita ao âmbito do lar)

“A plenitude do prazer só pode ser alcançada quando nenhuma dimensão da personalidade do ser humano – homem ou mulher – é impedida de se desenvolver. Por que não permitir, e mesmo estimular, o desenvolvimento da razão nas mulheres? Por que não incentivar o homem a não reprimir a dimensão afetiva de sua personalidade? Ambos seriam mais complexos e, portanto, mais capazes de sentir e dar prazer. Das relações assimétricas, desiguais, entre homens e mulheres, derivam prejuízos para ambos. Basta observar atentamente o tipo mais frequente de relações homem-mulher para se chegar a esta conclusão. Cabe, então, perguntar a quem beneficia este estado de coisas, já que forças poderosas tentam, de todos os modos, impedir que nele opere mudanças.” Saffioti

sábado, 6 de abril de 2013

I Encontro - 05.04.2013


Resultado da semana de discussões “Mulher e Mídia” realizada pelo Centro Acadêmico Vladimir Herzog e da vontade de alguns estudantes da Faculdade Cásper Líbero, no dia 05 de abril de 2013 aconteceu o primeiro encontro e a fundação da Frente Feminista Casperiana.

A primeira reunião serviu para aproximar as pessoas que têm interesse em discutir e conhecer mais sobre o feminismo e deliberar algumas questões organizativas e burocráticas.

Por votação entre todxs xs presentes ficou decidido que nossos encontros acontecerão todas as quintas-feiras na sala do CA às 17h30m. Além disso, deliberamos a criação de um perfil, uma página e grupo no facebook para a continuidade das discussões e divulgação dos nossos encontros e ações, bem como um blog para postagens de textos dxs integrantes e textos semanais com as principais ideias discutidas no último encontro. (Colaboradorxs do facebook: Letícia Dias e Beatriz Cano) (Colaboradorxs do blog: Letícia Dias e Samanta Nagem) (Colaboradorx dos vídeos semanais: Priscila Kesselring)

Os temas serão decididos a cada encontro (presencialmente) e, através do grupo no facebook, os membros poderão indicar textos relacionados ao tema escolhido para votação. Para cada tema/encontro, o grupo deve escolher umx mediadorx.

Também foi sugerida a ideia de criar materiais para serem vinculados na rádio, mas a ideia ainda precisa ser amplamente discutida e amadurecida.

Outro ponto debatido foi a participação de professores e integrantes de outros movimentos feministas. Através de votação ficou decidido que, inicialmente, não teremos convidados com o intuito de formarmos nossa própria linha de raciocínio e posicionamento, mas isso não impede que marquemos encontros com integrantes de outros grupos e coletivos já consolidados para entender como eles se auto-organizam, posto que discutimos sobre o mesmo tema e é de extrema importância a articulação com todos os focos de luta.